Coloquei na mala todas as roupas,
objetos, perfumes, pétalas de rosas, cacos de vidro, poesia, livros, lágrimas,
abraços, lençóis, minhas dores e tudo que sua imaginação permitir. Os cômodos
se encontram todos vazios, não á quadros, nem pintura nas paredes, tudo velho
com cheiro de novo, tudo numa total desordem. Apenas uma cadeira em um quarto
escuro. Avistei uma claridade saindo pela fresta de uma janela suja, a luz
atravessava todo o quarto e ali naquele último pingo de luz estava um objeto
usável, a promessa dos dias de glória e dos amores impossíveis.
Lembro-me muito bem da primeira
vez que o usei, foi no dia mais triste e difícil da minha vida. Nós éramos dois
seres inseparáveis capazes de pisar em cacos de vidros só por diversão, loucuras
incontroláveis, a gente se entendia do jeito único. Diante de a saudade
permitir que mesmo distantes eu fosse te encontrar, você sabia onde eu estava,
mas eu não. Por isso esse meu sacrifício de te achar seja lá qual for o lugar.
Nossas dores unidas num aperto de
mão e um beijo inocente típico namorado, a saudade doe quando vejo você olhar
para trás quem sabe não seja o último sinal da despedida, um movimento de vai e
vem com a mão e nos lábios uma única palavra, “adeus”. Corri em direção ao
carro gritando feito uma louca, desesperada como uma loba eu sabia e você
também que essa separação não iria nos fazer bem, mas eu tentei te alcançar.
Com os olhos cheios de lágrimas o sol batia naquele objeto que talvez eu usasse
pela última vez.
Eu juro que tentei te alcançar
embora não vi você tentar. Os primeiros dias foram os mais difíceis de suportar
sua ausência, seu cheiro, sua segurança, nossa diversão, aquelas conversas sem
sentido, aquele abraço confortável, eu sentia tudo batendo no meu peito, dentro
de mim ainda não existia o fim, era apenas o começo de uma longa jornada. 10
anos se passaram e acredite não me esqueci de você nem se quer um segundo, mas
tive que esconder aquele objeto que a todo instante fazia lembrar a sua imagem de
costas partindo para o distante.
Quando abrir os olhos, voltei
para o quarto vazio e escuro, sabia que tinha que fazer algo não apenas para
você, mas para mim, por nós, pelo nosso amor de 10 anos atrás. Coloquei meu
objeto e caminhei em direção à porta. O sol estava gritando meu nome e eu corri
o mais rápido que pude seu cheiro ainda permanece vivo pela mesma estrada
triste do distante, mas dessa vez sou eu amor, que estar a tua procura. Não
importa o tempo que levar 100 anos, a eternidade nada disso escreve, joguei
tudo para o alto sem olhar para trás, exatamente como você fez.
Pode não ser a escolha correta,
mas do que adianta pensar tanto sem sair do lugar. Eu vou correr em direção a
você e se chover eu irei inalar seu amor, e se me perder pelo caminho o sol do
adeus será meu guia. Eu irei correr com todas as forças que carrego em meu
corpo, o importante é não perder a Fé em quem amamos. Finalmente um sorriso
saiu da face avistei você, parado a minha espera no horizonte com o sol te
iluminando e nos abraçamos, naquele instante sabíamos que o amor ainda
permanecia, não era o fim.
O objeto estava desgastado de
tantos passos dados, mas eu ainda irei guarda-lo, pois dessa vez é você quem
terá que usa-lo a minha procura, esse objeto é prova do nosso amor. Finalmente
juntos, eu, você e o nosso all-star azul.
D.S.S
Estou anos atrasada e devendo um milhão de posts para vocês, minha vida esta numa correria Graças a Deus. Por isso estou sem tempo para postar me perdoem, vida de universitária não tem moleza.
Tentarei na medida do possível escrever algo e postar alguns looks do dia para vocês. Este texto escrevi ano passado e não via a hora de posta-lo, minha net só voltou ao normal semana passada por isso estou me organizando aos poucos. Ok? Espero que gostem, escrevo sempre com muito carinho para cada um de vocês.
BEIJOS <3
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